fbpx

8 de dezembro de 2021

Como funciona um aterro sanitário regulamentado de resíduos não-perigosos

Os aterros sanitários hoje são a destinação mais comum no Brasil para o encaminhamento dos resíduos gerados, e também é um dos processos mais utilizados no mundo todo para o descarte adequado de resíduos. É conhecido como CTR – Central de Tratamento de Resíduos.

Inicialmente é realizada uma triagem dos materiais. Os recicláveis secos são encaminhados para reciclagem, e os materiais úmidos são encaminhados para biodigestores, diminuindo o volume desse resíduo e gerando biogás que pode ser captado para geração de energia. Então apenas os rejeitos são encaminhados para serem aterrados.

Para não contaminar os lençóis freáticos, é utilizada uma camada de argila como impermeabilizante e uma manta de polietileno. São feitas camadas de cerca de cinco metros de resíduos (rejeitos ou recicláveis) e então é coberto com terra, e aí vai fazendo essas camadas intercaladas, para o lixo não ficar exposto à pássaros, roedores e outros animais. A fim de garantir que não está ocorrendo o vazamento no subsolo, há postos de monitoramento.

O resíduo então inicia sua decomposição, gerando o chorume que deve ser tratado em uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE). Os gases gerados pela decomposição do material são retirados por tubulações para evitar explosões, e são queimados antes de atingir a atmosfera para evitar poluição. Há a captação de metano, gás carbônico (CO2) e vapor d’água. Os resíduos emitem gás metano (CH4), que é um dos principais Gases de Efeito Estufa, então os aterros dispõe de sistemas que fazem a coleta desse gás para não ser emitido na atmosfera, pois o metano é 21 vezes mais poluente do que o gás carbônico.

O metano é queimado e destinado à captação de biogás, o qual é processado e transformado em energia elétrica. Além disso, todo o biogás queimado é contabilizado e convertido em créditos de carbono, o qual é comercializado gerando ativos para o aterro.

No entanto, aterros sanitários têm vida útil e em algum momento atingem sua capacidade máxima. Quando atinge seu limite e é extinto, a área pode ser transformada em parques, por exemplo.

Aterros também têm muitas perdas, uma vez que os resíduos têm valor agregado, e podem ser matéria-prima em outros processos. Por isso, a coleta seletiva de materiais recicláveis é muito importante para impedir que materiais sejam incorretamente encaminhados para aterros, e que seu valor se perca para sempre.

Mais de 80% do material que é encaminhado para aterros sanitários poderia ter outra destinação, como por exemplo, a reciclagem e a compostagem. Isso significa que a maior parte daquele material que convencionamos chamar de “lixo”, na verdade poderia ter outros usos, transformando um passivo ambiental em geração de receita, reciclando e reaproveitando itens.
Por isso o conceito de “Aterro Zero” vem ganhando cada vez mais força. O ideal é manter esse material gerando valor dentro de uma cadeia cíclica, e que não existam mais resíduos.

Procura soluções em Gestão Ambiental? A Circulagem te ajuda!

share
FacebookLinkedInWhatsApp
WhatsApp chat