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25 de março de 2022

Tecnologias da Indústria 4.0 em cooperativas de reciclagem

Foto por: Rawpixel/Freepik

As revoluções industriais são resultantes das inovações tecnológicas que surgem em uma economia, transformando os sistemas produtivos. A Primeira Revolução Industrial ficou marcada pela transição da produção artesanal para produção mecanizada, também pelo crescimento do uso da energia a vapor. 

O que vemos hoje são resultados dos avanços tecnológicos da microeletrônica, em particular na informática e robótica de precisão, viabilizaram inovações nos sistemas de telecomunicações e maior capacidade de captação, processamento, armazenamento e distribuição de informações (COUTINHO, 1992). Estes avanços nos trazem à Quarta Revolução Industrial, que também é conhecida como Indústria 4.0. Seu principal avanço está relacionado com a inteligência artificial, internet das coisas, armazenamento em nuvem que visam otimizar os processos e aumentar eficiência e produtividade das linhas de produção.

Estas tecnologias já estão popularizadas e implementadas em muitas indústrias, mas infelizmente ainda não é uma realidade das empresas de reciclagem, principalmente das cooperativas e centrais de reciclagem. Mesmo sendo a principal fonte de captação de resíduos para compensação ambiental e/ou reinserção no ciclo produtivo, infelizmente este elo da cadeia não recebe a devida valorização. 

O volume de resíduos coletados no Brasil é expressivo, chegando até 99% no estado de São Paulo (ABRELPE, 2021), mas apenas 10% voltam para a cadeia produtiva (ONU, 2019). Essa diferença pode ser relacionada à baixa automação das operações de reciclagem, que tem seus trabalhadores fazendo todo trabalho de triagem e compactação manualmente. Não é por falta de tecnologia, pois já existem equipamentos inteligentes que fazem a separação dos resíduos através de sensores ópticos, que fazem a triagem de forma mais rápida e eficaz do que trabalho humano. Estes equipamentos são mais comuns na Europa mas já estão presentes no Brasil em pequenas quantidades, insuficientes para impactar o volume de material reinserido na cadeia produtiva.

A automação dos processos de reciclagem não deve substituir o trabalho humano, mas é a melhor alternativa para gerar oportunidade dos catadores e recicladores se desenvolverem e alcançarem atividades profissionais mais valorizadas. As cooperativas e centrais de reciclagem precisam de investimento, público ou privado, em infraestrutura, equipamentos e tecnologias para que a Indústria 4.0 seja uma realidade de ponta a ponta na cadeia produtiva, assim como sugere a Economia Circular.

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